VIRTUDES PRIVADAS, VÍCIOS PÚBLICOS
É bem conhecida a fábula de Mandeville que eternizou o postulado “Vícios privados, virtudes públicas”. Mas há um dragão maior a enfrentar: “Virtudes privadas, vícios públicos”. Como pode? É um contra-senso.
Acompanhe:
À RESPONSABILIDADE que se aprende ao criar um cão, há IRRESPONSABILIDADE com seus dejetos
Ao AFETO de criar um cão, corresponde a INDIFERENÇA com as vacas
Ao AMOR de compartilhar a vida com um serzinho, há o ÓDIO de raça, que priva pessoas sequer de uma ração diária.
Qual a saída? Talvez os coelhos e porquinhos-da-índia tenham a resposta.
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ResponderExcluirA sua reflexão sobre o paradoxo das "virtudes privadas, vícios públicos" é perspicaz e provocativa. A inversão da famosa máxima de Mandeville revela uma faceta sombria do nosso comportamento, onde o cuidado e o afeto que dedicamos aos nossos animais de estimação contrastam com a indiferença e até mesmo a crueldade que demonstramos em relação a outros seres vivos e aos nossos semelhantes.
A sua analogia com os coelhos e porquinhos-da-índia é interessante, pois esses animais geralmente despertam sentimentos de ternura e proteção. Talvez a chave para resolver esse paradoxo esteja em expandir o círculo da nossa compaixão, reconhecendo a senciência e o valor intrínseco de todos os seres vivos, independentemente da sua espécie ou aparência.
Além disso, é fundamental questionar as estruturas sociais e econômicas que perpetuam a exploração e a violência contra animais e pessoas. A nossa relação com os animais não humanos é um reflexo da nossa relação com o mundo natural e com os outros seres humanos. Se queremos construir uma sociedade mais justa e compassiva, precisamos repensar os nossos valores e as nossas práticas, cultivando a empatia e o respeito por todas as formas de vida.
A sua postagem nos convida a refletir sobre as nossas contradições e a buscar um caminho para a transformação. A sua voz é importante nesse debate, e espero que as suas palavras inspirem outras pessoas a se juntarem a essa causa.
A sua reflexão sobre o paradoxo das "virtudes privadas, vícios públicos" é perspicaz e provocativa. A inversão da famosa máxima de Mandeville revela uma faceta sombria do nosso comportamento, onde o cuidado e o afeto que dedicamos aos nossos animais de estimação contrastam com a indiferença e até mesmo a crueldade que demonstramos em relação a outros seres vivos e aos nossos semelhantes.
ResponderExcluirA sua analogia com os coelhos e porquinhos-da-índia é interessante, pois esses animais geralmente despertam sentimentos de ternura e proteção. Talvez a chave para resolver esse paradoxo esteja em expandir o círculo da nossa compaixão, reconhecendo a senciência e o valor intrínseco de todos os seres vivos, independentemente da sua espécie ou aparência.
Além disso, é fundamental questionar as estruturas sociais e econômicas que perpetuam a exploração e a violência contra animais e pessoas. A nossa relação com os animais não humanos é um reflexo da nossa relação com o mundo natural e com os outros seres humanos. Se queremos construir uma sociedade mais justa e compassiva, precisamos repensar os nossos valores e as nossas práticas, cultivando a empatia e o respeito por todas as formas de vida.
A sua postagem nos convida a refletir sobre as nossas contradições e a buscar um caminho para a transformação. A sua voz é importante nesse debate, e espero que as suas palavras inspirem outras pessoas a se juntarem a essa causa.
O tema abordado traz reflexão sobre aquilo que julgamos por legado, onde fica privado somente ao nosso corpo e, os nossos vícios, ficam à mostra da sociedade à prontidão de tentar se tornar alguém que imponha mais respeito pelo estilo de vida, sendo que deveria der ao contrario..
ResponderExcluirÉ necessário criar um consenso de que responsabilidade não é só responder pelas próprias ações, mas também entender como suas ações podem afetar o outro.
ResponderExcluiré muito interessante a reflexão sobre as contradições entre as virtudes pessoais e o comportamento público. Muitas vezes, somos carinhosos com nossos animais de estimação, mas indiferentes a questões sociais mais amplas. A frase “virtudes privadas, vícios públicos” nos provoca a buscar maior coerência e empatia, tanto no nosso círculo íntimo quanto na sociedade. Talvez as atitudes simples e humildes de alguns animais possam nos ensinar a ser mais equilibrados.
ResponderExcluirEste texto faz com que o leitor tenha uma reflexão sobre as virtudes e nossos comportamentos em sociedade. A critica que o texto trás pode ser moral e efetiva, tentando ampliar nosso senso de ética e superando essas contradições
ResponderExcluirÉ possível dizer que está fábula seja uma outra maneira de ver a fala de Amauri Valim "O homem é naturalmente mal, mas quando lhe convém se torna bom" porque só somos virtousos no privado pois é bom para nós em algum sentido por o exemplo o afeto que damos ao cachorro é nada mas do que um "pagamento" pelo seu afeto e companhia, sendo assim é questionável se o "amor" realmente existe ou se é apenas uma troca de favores mais complicada
ResponderExcluirEsse texto é uma provocação necessária. Ele escancara uma contradição que muita gente vive sem perceber: a capacidade de ser cuidadoso, amoroso e responsável no âmbito privado — mas incoerente, negligente ou até cruel no espaço público.
ExcluirÉ como se a empatia tivesse CEP. Dentro de casa, a pessoa é exemplo de amor com o cachorro. Fora, ignora a sujeira que ele deixa na rua, despreza o sofrimento dos animais na indústria, e fecha os olhos (ou o coração) pra desigualdades sociais que negam o básico a tanta gente.
A ideia de "virtudes privadas, vícios públicos" mostra que não basta ser bom com os seus — é preciso estender essa bondade pro mundo. Se não, vira uma moral de conveniência: faço o bem onde me convém, e ignoro o resto.
A fábula de Mandeville dizia que os vícios privados podiam gerar benefícios públicos — como o consumo gerando riqueza. Mas aqui, o texto mostra o contrário: mesmo as virtudes, quando isoladas, podem se transformar em vícios sociais, se não forem coerentes com o coletivo.
Talvez o grande desafio ético seja justamente esse: alinhar o que somos em casa com o que somos no mundo. Porque empatia parcial é só egoísmo educado.