O Cristo entre as nações – 32 anos da Agenda 21: Gólgota e Vida Eterna
Jorge Mautner, criativo e inventivo, chamou a União Soviética de “Cristo entre as nações”. A licença poética permite tudo. Até esquecer dos judeus enviados à Sibéria por Stálin. E, de fato, dado o que fizeram as lideranças judaicas com Jesus, se ele não fosse o líder do amor, poderia mandar à Sibéria os burocratas de plantão. Fazendo um esforcinho, conseguimos entender o poeta alemão: poder ao povo, perdão das dívidas, educação para todos, fim dos privilégios, ruptura com os antigos dogmas. Faz sentido.
Mas talvez tenhamos um evento mais importante para comemorar, diferente dos ripongas dos anos 70. A Agenda 21! Faz aniversário de 32 anos, agora em 2024. Sua essência é muito mais crística que a igualdade burocrática e insensível. Propõe cooperação e parceria; educação e desenvolvimento individual; equidade e fortalecimento dos grupos socialmente vulneráveis; planejamento; desenvolvimento da capacidade institucional; informação.
A dúvida que fica é: este novo CRISTO, promulgado pela ONU, morrerá ano que vem, com 33 anos, ou será eternizado por trazer uma ruptura total com a antiga ordem, marcada por preconceito, pobreza, morte, assassinato do meio ambiente, infelicidade e verticalização?
O Gólgota da Agenda 21 é continuarmos todos fazendo o que nos ensinaram a fazer, antes de 92. Um cumpridor da moral e dos bons costumes, padre, médico ou policial, seja o que for, fazendo o que nossos destreinados avós faziam, numa transição para a era da eletricidade, ou nossos pais, adentrando à era eletrônica, e tudo tende a continuar sendo como sempre foi.
A Agenda 21 exige a tomada de consciência que estamos imprimindo ao planeta uma velocidade jamais vista. Velocidade que só os deuses tinham outrora. E que o homem recebe como dádiva da modernidade totalmente despreparado no plano ético-moral.
Incorporar a Agenda 21 em nosso dia-a-dia implica repensar o consumo, o padrão habitacional, o que se põe na mesa, o que se enterra, o que se planta, como se faz tudo isso, com a participação de que atores, em que contexto e para quê.
Ponto de vista bom
ResponderExcluirPorém o meu conhecimento é um procedimento no qual tiram a glória de Deus para colocar em Deuses que simplesmente são muitas das vezes apenas madeira ( com todo o respeito as demais religiões)
Eu acredito que o ponto trazido pelo texto é muito bom. A velocidade em que avançamos rumo a novas invenções modernas nos faz esquecer dos princípios morais e éticos mais importantes, pois, queremos sempre evoluir, independente de tudo.
ResponderExcluirAcho que a menção da Agebda 21 é um ponto importante, para nos lembrar da importância de um futuro sustentável